As marcas têm a missão de comunicar com os seus clientes com a finalidade de estabelecer e manter interações. Com o passar do tempo, serão estas que farão com que a relação se mantenha e seja criado um vínculo emocional. Para que esta relação base seja estabelecida, a marca terá que definir os seus valores e a sua personalidade, através dos quais poderá configurar uma linguagem e forma de expressão próprias. Quando o cliente verificar os valores plasmados na marca de uma maneira clara, a inter-relação será transparente e honesta. A partir desse momento, estarão dispostos a se relacionar, pois saberão o que esperar da marca.

Nos tempos atuais, em que a tecnologia nos mantém a todos constantemente ligados, as marcas, tiram proveito, e bombardeiam-nos constantemente. Deveriam antes ponderar muito bem a invasão do nosso espaço, para não colocar em causa a relação de confiança conseguida ao longo do tempo. É muito importante decidir quando uma  ação deve ser tomada, mas sobretudo medir a maneira de implementação. Aqui é quando entram os valores e a personalidade de marca: definir que tipo de relação se quer estabelecer com os clientes e onde se quer chegar; estes são transmitidos através das ações dos colaboradores, que são os motores da marca. Estes atributos, que se devem definir de maneira breve e clara, são os conceitos base, que sintetizam a nossa essência. São os que realmente nos definem e que acreditamos que, com pouco, dizem muito.

Muitas marcas caem no erro de se querer definir com um número interminável de adjetivos, tornando-se comuns, repetitivos e pouco autênticos. Devemos procurar a autenticidade e a diferenciação para podermos chegar às nossas autênticas. Valores como sincero, amável, transparente, direto, enérgico, dinâmico, próximo, familiar… são os mais comuns que apesar de soarem bem, são ideias feitas e muito batidas que não acrescentam valor nem transmitem um caráter próprio. Há que tentar transmitir menos palavras ocas e mais conceitos úteis.

Miquel Dalmau

Redacción

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