As ações de marketing permitem gerar impacto, notoriedade e vendas. Mas também podem contribuir para construir uma marca se se inspirarem na estratégia de branding.
Alguns factos:
- Em 2017, e de acordo com a Análise de Investimento em Marketing em Espanha (AMES), o investimento em ações de marketing em Espanha cresceu 4%, chegando aos 31.794 milhões de euros.
- A publicidade, a comunicação e a promoção foram os itens aos quais foram alocados orçamentos mais elevados.
- Existem cada vez mais novos tipos de ações de marketing que se consolidam nos orçamentos.
- A maioria das novas tendências de marketing está enquadrada no chamado marketing digital que, segundo o estudo AMES, já era a área que mais cresceu em 2017. Um crescimento de 7,6%, atingindo os 2.281 milhões, especialmente no que toca ao investimento em redes sociais.
Estes são 5 exemplos das novas ações de marketing que se popularizaram em 2019:
Data email marketing
Os avanços em data science, machine learning e inteligência artificial aumentaram consideravelmente o nível de conhecimento relativo aos públicos de interesse, permitindo realizar novos conteúdos muito mais personalizados. Esta prática melhorará as taxas de abertura e a percentagem de conversão. Uma tendência que também favorecerá a nova lei RGPD (Regulamento Geral de Proteção de Dados). Esta legislação diminuirá as bases de dados, mas melhorará a sua qualidade ao centrar-se em clientes ou potenciais clientes realmente interessados nos nossos conteúdos.
Machine learning webs
O conhecimento referente aos nossos públicos de interesse está a afetar também as ações de marketing na internet, permitindo mostrar campanhas mais compatíveis com cada utilizador. O The New York Times, a rede ESPN e o USA Today colocaram em marcha uma ideia pioneira chamada Project feels. Esta tecnologia permite prever que impacto emocional o conteúdo que está na web terá sobre o utilizador, o que permite mostrar anúncios de acordo com esse estado de espírito.
Ações de marketing de voz
Com a chegada e previsível ascensão de assistentes como a Alexa da Amazon ou a alta voz do Google, as equipas de marketing estão a desenvolver novos formatos. Bem como ações também relacionadas com a forma de estar e os interesses dos seus utilizadores a partir dos dados recolhidos através do uso destes assistentes.
Vídeos e mais vídeos em apps e em private market places
Embora não se trate exatamente de uma nova ação de marketing, irá consolidar-se o uso dos vídeos em apps. Depois do Snapchat, seguiram-se o Instagram, o WhatsApp, o Facebook e até o YouTube. Passou-se de uma ferramenta eminentemente usada por utilizadores para ser um instrumento das marcas. Além disso, e dentro da publicidade programática, crescerá o investimento em vídeos nos private market places.
Experiência, gamification e comunidades graças à relevância dos dados
Para além do âmbito online, o retalho concentrar-se-á em melhorar a experiência da marca. Fará uso de técnicas como a personalização e a gamification do produto, serviço ou marca em espaços offline. Irá também oferecer um produto e uma experiência de compra em lojas mais agradáveis e personalizadas, usando os dados dos utilizadores.
- A primeira demonstração desta ação é a Live Store da Nike em Los Angeles, apenas para membros Nike Plus. Com a ideia de desenvolver um sentimento de comunidade e de exclusividade, serão disponibilizados os produtos mais visitados ou consumidos pelos utilizadores desta app (personalização), oferecendo ainda uma série de serviços acessíveis através da app (gamification).
- A tecnologia também deixará a sua pegada em ações de marketing como o street marketing. Por exemplo, o mobiliário urbano permite anúncios inteligentes que mudam em função do clima.
- Ou o marketing de influencers em que se passará a utilizar data para evitar a chamada fraude dos influencers. De acordo com um estudo da agência nova-iorquina Captiv8, campanhas de perfis falsos provocaram a perda de mais de 200 milhões de dólares a marcas.
- Ou também em ações baseadas em blockchain.
- Em contrapartida, haverá uma aposta no detox digital, como sugeriram os anúncios de Natal da Ruavieja ou do IKEA.
Javier Gómez, Diretor de Marca e Experiência de Cliente da GfK, assegurava numa entrevista que: “Posso esquecer algo que me digam, mas nunca esquecerei aquilo que me fazem sentir, a resposta é o marketing experiencial. Criar situações imersivas é a melhor resposta a um consumidor cada vez mais conectado.”
Ainda que estas sejam as tendências para este ano, existem tantas teorias de marketing como objetivos de marca. A chave é:
- adequar-se à estratégia;
- inovar para continuar a contar com a lealdade do seu público;
- procurar novas fontes e métodos para transmitir os significados da marca, gerar notoriedade e fidelizar o cliente.
As previsões de futuro referentes ao investimento em marketing e publicidade da AMES falam de uma desaceleração. Conseguirão as novas técnicas aumentar o investimento?
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