Num contexto como o atual, em que a digitalização trouxe enormes mudanças e a necessidade de constantes transformações e inovações, a gestão das marcas é mais complicada. Pensemos então no branding digital.
As pessoas têm acesso a mais informação e podem comparar produtos e serviços em qualquer lugar e a qualquer momento. E fazem isso não só com as informações obtidas através da marca, mas também com aquelas transmitidas por outros clientes e utilizadores, que se tornam porta-vozes da mesma, através das suas redes sociais ou caixas de comentários. Tudo isso implica novos desafios e requer uma gestão de marca adaptada.
Uma gestão que deve estar alinhada com uma estratégia de marca global e com objetivos específicos, que, por sua vez, devem responder às necessidades presentes e futuras da empresa: gerar notoriedade, engagement, alcançar novos públicos, aumentar o tráfego… Mas ainda que cada estratégia deva ser específica de cada empresa, setor e momento, é essencial que se tenham em conta alguns requisitos básicos.
Branding digital: 10 chaves
Num artigo, publicado no site Marketing News pelo nosso CEO, Conrad Llorens, são enumeradas 10 chaves que toda a estratégia de branding digital deve ter em conta:
- Foco. Num ambiente volátil, é necessário definir um plano estratégico para dar sentido às ações e comunicações que são levadas a cabo.
- Capacidade de adaptação. Todas as marcas devem ter uma estratégia de longo prazo para alcançar o sucesso. No entanto, também têm de se adaptar aos progressos, tendências e mudanças sociais, cada vez mais rápidos, que ocorrem na sociedade. A estratégia deve ser clara, mas flexível.
- Coerência. As ferramentas digitais deram voz aos consumidores pois abriram novos canais de comunicação com eles. Uma vez que os pontos de contacto se multiplicaram, é fundamental garantir a consistência na comunicação em nome da credibilidade da marca.
- Mix on e off. A coerência e os esforços não devem concentrar-se apenas nos diferentes meios digitais, mas em todos os meios. É na mistura entre o on e o off, o digital e o físico, que reside a verdadeira experiência de marca. As lojas devem ser vistas como pontos de contacto digitais, além de pontos de contacto físicos.
- Dados. Na era do big data, devemos ter as ferramentas necessárias para medir e prever o comportamento dos públicos-alvo, detetando insights.
- Personalização. A avaliação de dados não deve ser o objetivo, mas sim uma ferramenta para dar uma resposta personalizada e imediata às solicitações e necessidades dos clientes atuais, assim como futuros.
- Experiência. O branding consiste em fazer com que o público-alvo se torne leal a uma marca através da experiência que esta lhe proporciona. E os meios digitais são uma excelente oportunidade para isso, graças à diversidade de ferramentas existentes e à capacidade de feedback e de interação.
- A marca é negócio. Como no ambiente analógico, as decisões de negócios não podem ir em direção contrária ao plano da marca. Pelo contrário, o plano estratégico deve ser o guia de tudo o que a organização faz e diz.
- Monitorizar de forma constante. Na fase de implementação e de ativação da estratégia de branding digital, e para que se consiga alcançar resultados tangíveis, é necessário repensar e monitorizar KPIs adequados. Só então saberemos se os objetivos estão a ser cumpridos ou se é necessário rever a estratégia. Em plena era digital, existem inúmeras ferramentas, mas, ao mesmo tempo, a capacidade de sintetizar, analisar e extrair conclusões úteis tornou-se mais complicada.
- Compromisso e gestão partilhada. Para que o público-alvo tenha vontade de partilhar os valores de uma marca, estes devem ser honestos e também permitir uma certa cooperação para que os utilizadores se sintam parte ativa nas decisões tomadas pela marca.
Respeitando e implementando estas chaves, a estratégia de branding digital aproximará a marca de clientes potenciais.